SEDH abre período de indicação ao Prêmio Benedito Meia Légua
Movimentos sociais, instituições não governamentais e pessoas físicas têm até o dia 30 de outubro para indicar personalidades capixabas e nacionais que se destacam na luta quilombola e na promoção da igualdade racial. As indicações serão avaliadas pela comissão organizadora da segunda edição do Prêmio Benedito Meia Légua. A cerimônia de premiação será no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
O prêmio é organizado pela Secretaria de Direitos Humanos (SEDH), por meio da Gerência de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Gepir), e vai premiar sete personalidades. Serão premiados três (03) personalidades capixabas atuantes na luta quilombola, duas (02) personalidades que se destacam na luta pela promoção da igualdade racial, um (01) in memoriam e uma personalidade nacional que se destaque na luta pela promoção da igualdade racial.
A secretária de Estado de Direitos Humanos, Nara Borgo, salienta a importância da participação da sociedade no prêmio. “Esta é a segunda edição deste prêmio que busca homenagear pessoas que contribuem e que já contribuíram para uma sociedade antirracista. Contamos com o apoio da sociedade capixaba na indicação destas personalidades”, disse.
Indicações
As indicações poderão ser realizadas por movimentos sociais, organizações não governamentais ou pessoas físicas. As mesmas deverão ser acompanhadas de fundamentação que justifique a outorga do Prêmio, assim como documentos que qualifiquem e comprovem a atuação da pessoa inscrita e/ou indicada, incluindo currículo, registros ou estatuto, conforme categoria.
As inscrições e/ou indicações serão analisadas pela Comissão de Seleção, sendo selecionados os que receberem a maioria simples dos votos.
Quem foi Benedito Meia Légua
O líder quilombola Benedito Caravelas, mais conhecido como Benedito Meia Légua, nasceu em 1805 onde hoje é um município de São Mateus, no norte do Espírito Santo. O apelido foi dado por causa das constantes viagens a pé que ele fazia, sobretudo para a região Nordeste do Brasil.
Benedito Caravelas invadia fazendas, quebrava senzalas, organizava fugas e ações em quilombos. Ele tinha como missão de vida libertar pessoas escravizadas. De acordo com registros históricos, um dia ele acabou aprisionado por um capitão do mato, arrastado pelas ruas de São Mateus e tão espancado que foi dado como morto. Seu corpo foi guardado dentro da igreja de São Benedito para ser sepultado, mas no dia seguinte só foram encontradas no local marcas de sangue e pegadas.
A imagem de Benedito Caravelas então passou a ser comparada a de uma figura imortal, pois fugas e rebeliões continuaram ocorrendo para a libertação de pessoas escravizadas e dados históricos dão conta de que foi nesta época que surgiu a expressão: “Mas será o Benedito?”.
Benedito Meia Légua morreu já idoso, por causa de uma traição. Seu esconderijo, dentro do tronco de uma árvore, foi denunciado e ele acabou morrendo queimado enquanto dormia.
Confira o edital
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Simone Diniz
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