Artesanatos produzidos por internos do sistema prisional capixaba viram tema de exposição
Artesanatos produzidos por internos do sistema prisional capixaba viraram tema da exposição realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Espírito Santo (OAB-ES), nesta quinta-feira (24). Tapetes, bonecos feitos em crochê, quadros pintados à mão, além de camas pets e rede de pesca, foram alguns dos materiais apresentados. A música também fez parte do evento, com o coral de internos do projeto “Tocando em frente”, da Penitenciária Semiaberta de Vila Velha (PSVV).
Todo o artesanato que compôs a exposição foi produzido por internos que participam de projetos de ressocialização da Secretaria da Justiça (Sejus). “A Sejus conta com diversas iniciativas que geram oportunidades de qualificação ao interno, com o intuito de que ele retorne para a sociedade mais preparado em suas relações interpessoais e para o mercado de trabalho. Os artesanatos, como os expostos no evento, trabalham a autoestima e a solidariedade dos internos, já que ao desenvolverem essas peças eles se tornam mais produtivos. A exposição mostra parte do que o sistema prisional realiza e a importância dos projetos de ressocialização desenvolvidos nas unidades”, destaca a subsecretária de Ressocialização da Sejus, Karina Rocha Bayerl.
A advogada, conselheira e uma das organizadoras do evento, Manoela Soares, explica que a exposição foi idealizada após diversas inspeções realizadas nas unidades por membros da Comissão de Direitos Humanos. “E com isso observamos trabalhos artesanais belíssimos desenvolvidos pelos internos, obras de arte dignas de museus. Inclusive, alguns internos que desenvolveram a técnica dentro das unidades prisionais, agora ensinam os outros detentos. Isso significa que, além de terem uma ocupação na rotina, eles têm, também, esse papel humanitário socializador de aprender um ofício e transmitir o aprendizado para o próximo”, explica Manoela Soares.
O interno da Penitenciária Estadual de Vila Velha 2, Wesley Batista dos Santos, participou da exposição mostrando alguns dos trabalhos que desenvolve na fábrica de costura. Ele aprendeu a costurar na unidade prisional. “Estar preso é uma realidade muito difícil para nós, mas com a oportunidade que recebemos, temos condições de mudar de vida. Na unidade prisional aprendi um ofício e, hoje, passo parte do meu tempo ocupado, trabalhando. Isso ajuda também a diminuir nossa ansiedade e a saudade da família”, disse Wesley.
Servidores das secretarias da Justiça, Direitos Humanos, além de representantes do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública Estadual e demais instituições, prestigiaram a exposição realizada pela OAB-ES nessa terça-feira (24).
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